quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

ABRAÇO


ABRAÇO

Aqui neste papel ( a minha carta
leva um pedaço do meu coração!)
juro in aeternum - Nada nos aparta.
Nem o silêncio, nem a escuridão.

Ambos nascemos junto ao mesmo rio
 E vimos, ambos, sempre o mesmo mar
 Por isso o nosso cântico tardio
 Diz que «sofremos sim mas devagar...»

 Teu nome é Fonte... O meu Estrela Morta…
 Ao pé de nós, quanta ironia vã!
  Os outros não nos vêem? - Não importa.
  Riem? - Talvez que chorem amanhã…

Pedro Homem de Mello
in “Colectânea de Poesia sobre o Porto”
lido por Ana Maria Oliveira

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