Aos poetas pintores
Os poetas
São calendários que não mais acabam
São sombras do medo
São homens amordaçados na liberdade
São celas de espaço perdido
São espelhos inquebráveis e flexíveis
São pingos de água doce contaminada
São crianças chorando esfomeadas
São amor que nunca foi encontrado!
As aspirações dos poetas
São dores enferrujadas
São gritos abafados
São estátuas ao abandono
São amor que nunca foi encontrado!
Os poetas
São sacerdotes de ilusões
Os poetas dão amor, até à última palavra
Amor que nunca foi encontrado!
(Ângelo Vaz)
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