E TU NÃO ESTÁS
E tu não estás
E eu ouço um murmúrio
Que vagamente ecoa na
minha alma adormecida
E se ergue na vastidão do
tempo!
Tu encheste as manhãs
de maresia
E eu dei ao Tempo a
minha vida
E guardei de tudo um
punhado de nada.
E tu não estás...
De todas as emoções que
acalentaram a minha alma
Eu bebi sofregamente as
manhãs de orvalho
E percebi que
lentamente me despojava
Em troca de uma
esperança inacabada.
Foi tudo por nada.
Desse orvalho que eu
bebi
Na procura da minha
inteireza,
Tu não estiveste
Tu não dividiste comigo
as amarguras do tempo
Não trilhaste comigo os
amplos espaços
Não abriste comigo os
sulcos da areia enlameada
E eu percorri sozinha
os caminhos calcinados
E dei à vida a minha
vida.
Mas foi tudo por nada!
Acilda
Almeida
Sem comentários:
Enviar um comentário