QUE
ACÇÃO HORRENDA!
Dava
eu o meu ser, tão livremente,
No
asseio, no enfeite sem contenda:
Dava
o suor que ofereci alegremente,
Quando
triste recebi, ação horrenda.
Era
a festa popular da nossa gente,
Num
salão que humanitário vos prenda,
Quando
a alegria, os sorrisos docemente,
Feneceram
deparando ação horrenda:
Sobre
mim caiu um dirigente (!)
Que
arruaceiro grupo deu à cena:
Um
amante da agressão, nisso exigente,
Deste
pobre brutamontes tive pena!
Provocava
p'ra agressão, fisicamente;
Por
prazer inconsciente de armar tenda.
Gesticulava
o ignorante que ódio sente,
Eu
amansando procurava dar-lhe emenda.
Se
não houvesse em mim calma aparente,
E
fácil fosse em mim se abrir a fenda:
Andaríamos
os dois raivosamente,
Enleados
como cães. Que ação horrenda!
José Faria
Lido Maria Teresa Lopes
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