sábado, 26 de maio de 2018

AMOR NA POESIA


AMOR NA POESIA

vivo entre os demónios com o sossego
a ser minha companhia

quando a solidão
se abandona ao relento no leito da morte,
ergue-se na metamorfose da escrita
o meu grito

não tenho medo dos infernos!

Mesmo que sejam uma força adversa
ao sonho, neste amar incondicional
a poesia - momentos únicos de prazer
erguem-se,
entre a alegria e a tristeza
entre a beleza e as lágrimas,
na epifania mágica da palavra poética
rumo à eternidade

Paulo Ricardo Cunha 
in “Opus - selecta de poesia em Língua Portuguesa”
lido por Beatriz Maia

Sem comentários:

Enviar um comentário