Há
22ANOS, ESCREVI NO MEU PRIMEIRO LIVRO, ALGUNS DOS
SEGUINTES
VERSOS.
ABRIL
Andava
um pobre pedindo,
Por honra
de uma GLÓRIA
O Povo
estava oprimido,
Sem
conhecer a vitória.
Rebentou
a revolução,
Houve
gritos de esperança
Apareceram
cravos nas mãos,
Nas mãos
de uma criança.
A tropa
se apercebeu
Que
todos tinham de ganhar
E por
sorte ninguém morreu
E atiraram
cravos ao ar.
O
Português veio pra rua,
Dando
largas á vontade,
Despiu a
alma sempre nua,
Num
grito de liberdade.
Ressuscitou
um sonho antigo,
Há muito
tempo amordaçado,
A flor
fez um amigo
E viva
Humberto Delgado.
Porém,
tudo isso é passado,
Mas não
sai da minha memória.
Hoje,
está cá outra gente
E se
quiserem fortalecer a mente,
Têm de
consultar a história.
O 25 de
Abril, trocou os galos do poleiro,
Fizeram-se
políticos a tempo inteiro
Que são
férteis, arranjar soluções.
Mas
estão a ficar desacreditados,
Porque
mentem por todos os lados
E não
passam de uns ladrões.
Jovem,
que me escutas,
Não
vires a cara há luta,
Põe em
prática o teu saber.
Procura
o teu bem-estar,
Olha,
Atira os cravos pró ar
E Eu a
cantar hei-de dizer:
Sou
livre, sou livre de viver.
João Bernardo
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