quarta-feira, 2 de maio de 2018

ABRIL



Há 22ANOS, ESCREVI NO MEU PRIMEIRO LIVRO, ALGUNS DOS
SEGUINTES VERSOS.

ABRIL

Andava um pobre pedindo,
Por honra de uma GLÓRIA
O Povo estava oprimido,
Sem conhecer a vitória.

Rebentou a revolução,
Houve gritos de esperança
Apareceram cravos nas mãos,
Nas mãos de uma criança.

A tropa se apercebeu
Que todos tinham de ganhar
E por sorte ninguém morreu
E atiraram cravos ao ar.

O Português veio pra rua,
Dando largas á vontade,
Despiu a alma sempre nua,
Num grito de liberdade.

Ressuscitou um sonho antigo,
Há muito tempo amordaçado,
A flor fez um amigo
E viva Humberto Delgado.

Porém, tudo isso é passado,
Mas não sai da minha memória.
Hoje, está cá outra gente
E se quiserem fortalecer a mente,
Têm de consultar a história.

O 25 de Abril, trocou os galos do poleiro,
Fizeram-se políticos a tempo inteiro
Que são férteis, arranjar soluções.
Mas estão a ficar desacreditados,
Porque mentem por todos os lados
E não passam de uns ladrões.

Jovem, que me escutas,
Não vires a cara há luta,
Põe em prática o teu saber.
Procura o teu bem-estar,
Olha, Atira os cravos pró ar
E Eu a cantar hei-de dizer:
Sou livre, sou livre de viver.                 

João Bernardo

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