quinta-feira, 22 de março de 2018

INTEMPÉRIES



INTEMPÉRIES

Perguntei ao vento.
Porque corria desenfreado
Virando tudo do avesso,
Como um furacão danado?
Nem para mim olhou,
Tanta fúria levava
O chapéu me arrancou,
Como fora papagaio de papel no ar voou.

Perguntei ao mar,
Porque estava tão agitado,
Com vagas gigantes
Que transbordavam e inundavam?
Bateu violentamente na areia.
Sacudiu os barcos ancorados,
Vociferou como louco,
E de novo se enfureceu.

Perguntei à trovoada,
Porque rugia e fingiu,
Que não me ouvia,
Rugiu de novo mais forte,
E toda a terra estremeceu,
O relâmpago riscou o céu negro,
A terra se iluminou calada
A noite se fez alvorada!

A chuva abençoada caiu.
Regando a terra seca gretada,
Que sequiosa se embebedava
Nos beijos que a chuva lhe dava,
A natureza se regenerou,
O amor da nova seiva pintou
O verde da esperança por todo o lado,
E semeou lindas flores pelos campos e prados!

Fiquei a pensar que talvez seja verdade
O que se diz afinal,
Que depois duma tempestade
A bonança sempre vem.......
Aí estavam as respostas dadas,
Tudo acontece por uma razão,
É uma questão de aceitação,
E confiar em Deus, no seu amor e perdão!

Ester de Sousa e Sá

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