As palavras vêm do outro
lado da parede
E caem uma a uma no chão
E na volúpia da essência
formam frases
Que se diluem e formam
emoções
Numa razão sem razão, que
não entendo
Em cada segundo nasce, um
novo mundo
Pairando dentro de mim.
Como eu queria que esta
parece
Tivesse uma porta
Uma porta aberta para
acolher
Todas as palavras que vou
juntando
Será sonho, utopia não
sei
O que sei é que queria
tanto
Ter uma porta nesta
parede
Ou somente entre aberta
Pois dessa forma eu
poderia ver
A origem das palavras
E talvez, talvez
As nossas palavras se
olhassem.
E essa porta imaginária
abre-se
Ouço foguetes lá fora
Comemora-se mais um ano
Neste dia festivo
E nesse momento
As palavras envolvem-se
em suaves beijos
Que fervilham como o
champanhe nas taças
Num texto ainda por
escrever
Será ficção, romance, um
poema…
Não sei o que sei
É que estas palavras
Uma história irá contar
No alvorecer desta manhã…
Mário Anselmo
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