TALVEZ…
Talvez...
Que valha ainda a pena
começar,
Acertar as agulhas,
prosseguir,
E, por pouco que seja.
Dar sempre mais um
jeito e ajudar,
Um mundo inteiro e
novo a construir!
Talvez...
Que a Humanidade não seja
assim tão má,
Como apregoam uns
tantos pessimistas,
E que a parte que
resta ainda sã
Seja por si capaz
De lutas e conquistas!
Talvez...
Que os poucos que
ainda não perderam
A fé nos outros — e em
si também,
Sejam, mais tarde,
quantos precederam,
E, por caminhos novos,
Foram mais além!
Talvez...
Que o sonho ainda
prevaleça
Sobre tudo o mais,
seja o prenúncio e a voz,
Seja a primeira e a
última coisa que aconteça.
Na vida de cada um
- E de todos nós!
Talvez...
Que restem ainda
forcas para superar
As dores e injustiças
que a vida a todos traz,
E o mundo, enfim, se
possa transformar
Em campo imenso
- De Luz, Amor e Paz!
Moreira
da Silva
in “Claro-escuro”
lido
por Ângela Carvalho
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