quarta-feira, 27 de setembro de 2017

POTRO SELVAGEM


POTRO SELVAGEM

Invejo
Aquele potro selvagem,
De indómita vontade
E rara beleza,
Que vejo
Correr por montes e vales,
Fingindo, em seu louco desejo,
Uma dança, à vida,
Um poema, à liberdade
E um hino, à natureza!

Ao vê-lo
Solto o grande potro
Que há em mim
E, sem preocupações de zelo,
Deixo que meus dedos
Finjam ser dez potros em frenesim
Cheios de ávida impetuosidade,
Percorrendo as terras
Do teu corpo sem-fim,
Desfrutando o doce prazer
De verem, por magia,
A liberdade e o amor
Converterem-se em poesia!

Manuel Maia

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