POTRO SELVAGEM
Invejo
Aquele potro selvagem,
De indómita vontade
E rara beleza,
Que vejo
Correr por montes e
vales,
Fingindo, em seu louco
desejo,
Uma dança, à vida,
Um poema, à liberdade
E um hino, à natureza!
Ao vê-lo
Solto o grande potro
Que há em mim
E, sem preocupações de
zelo,
Deixo que meus dedos
Finjam ser dez potros
em frenesim
Cheios de ávida
impetuosidade,
Percorrendo as terras
Do teu corpo sem-fim,
Desfrutando o doce
prazer
De verem, por magia,
A liberdade e o amor
Converterem-se em
poesia!
Manuel Maia
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