terça-feira, 30 de maio de 2017

EM CADA ESTEIRA DE FANTASIA


EM CADA ESTEIRA DE FANTASIA

Em cada esteira de fantasia, fiz navegar odores poéticos e
prosaicas consciências. A caminho de cogitações impen-
sáveis, casei o macio da alma com o boçal pesadelo de
viver dias sem alvorada.

O Mundo corre em galopes desordenados e as gentes
cansam-se das tropelias de surdos mal-humorados e ceg-
os idiotas que se fizeram surdos e cegos por força de
desaires não digeridos. Não há quem sustente a huma-
nidade se os poetas esqueceram os lápis no alforge e as
folhas no sótão.

Urge escrever amor, urge viver de mãos dadas com a vida
já que da vida e da história das coisas apenas sabemos o
que o almejar já esqueceu.

Goreti Dias

in “Singularidades & etc.”

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