sábado, 6 de agosto de 2016

MÃOS


MÃOS

Mãos abençoadas que afagam de mansinho
E dão carinho e conforto,
Mãos que com ternura nos afagam o rosto,
Mãos trementes que choram o que a alma sente
Quando a dor nos fere profundamente,
Mãos de pintor, pincéis de inspiração,
Que nos deleitam o coração com as obras que compõem,
Mãos de artesão que criam e tecem rendilhados de amor,
Mãos carinhosas que se estendem a quem precisa com candor,
Amparam e aquecem o coração carente.
Mãos que ganham o pão,
Calejadas, ásperas e rugosas que o trabalho endureceu,
Mãos que trabalharam toda a vida em total abnegação,
Mãos velhinhas que a idade desfigurou,
Eram assim as da minha Mãe,
Que todos os dias se erguiam
Para louvar a Deus Nosso Senhor,
Benditas as Mãos de minha Mãe!
Porque eram as mais belas e preciosas,
Por serem as Mãos de minha Mãe!

Ester de Sousa e Sá

in “O Meu Sentir”

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