quarta-feira, 15 de junho de 2016

TEMPESTADE


TEMPESTADE

Eu sou pedra, sou rocha sou granito
Sou ferro sou aço, eu sou estanho
Em mim o sofrimento é tamanho
E ninguém, ninguém me escuta quando grito

Eu sou a montanha adormecida
Sou o mar em fúria, a tempestade
Sou a sombra que passa nesta vida
A minha vida é feita de saudade

Eu sou a noite escura o céu cinzento
Eu sou o vento que grita a sua dor
Eu sou do rio calmo o lamento
Eu sou do povo lágrimas e suor

Eu sou a terra morta abandonada
Eu sou a fonte triste que secou
Olho as minhas mãos cheias de nada
E pergunto mil vezes quem eu sou.

M Georgina Pontes
in Na Mesma Viagem

lido por M Lourdes Ferreira

Sem comentários:

Enviar um comentário