TEMPESTADE
Eu sou pedra, sou rocha sou granito
Sou ferro sou aço, eu sou estanho
Em mim o sofrimento é tamanho
E ninguém, ninguém me escuta quando grito
Eu sou a montanha adormecida
Sou o mar em fúria, a tempestade
Sou a sombra que passa nesta vida
A minha vida é feita de saudade
Eu sou a noite escura o céu cinzento
Eu sou o vento que grita a sua dor
Eu sou do rio calmo o lamento
Eu sou do povo lágrimas e suor
Eu sou a terra morta abandonada
Eu sou a fonte triste que secou
Olho as minhas mãos cheias de nada
E pergunto mil vezes quem eu sou.
M Georgina Pontes
in
Na Mesma Viagem
lido por M Lourdes Ferreira
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