SE
Se não fossem as altas montanhas
Onde desde sempre o eco quebrou,
Os cerros nevados ou vibrantes de sol,
Eu não seria aquilo que sou...
Se não houvesse veigas
Onde descansasse o olhar,
Se não fossem as seivas
Onde o arvoredo se alimentou,
Eu não seria aquilo que sou...
Se não ouvisse os gorjeios dos pardais,
Se não vivesse tradições antigas mas tão iguais
E não cantasse a fonte como cantou,
Eu não seria aquilo que sou...
Se não sentisse o perfume das rosas bravias nas sebes,
Se não houvesse campos e montes cobertos de neves
E a casa velhinha que me criou,
Eu não seria aquilo que sou...
Irene Costa
in
Silencio Branco
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