MALMEQUERES
Já abriram os malmequeres!
O firmamento
parece que abandonou o céu
e desceu
todo inteiro
ao canteiro
do meu jardim!
Já abriram os malmequeres!
Pequenas e suaves estrelas,
brancas e amarelas
ali pousadas,
todas elas,
a sorrir
e a olhar para mim!
Astros a comandar o amor
e a interferir
na sorte de cada um.
Pétala a pétala,
vai-se desfolhando a flor:
"bem... mal... muito... pouco... nada...
bem... mal... muito... pouco...nada...”
E se a pétala deixada
não acerta
no destino que se quer,
outro malmequer
se depena
e repete-se a jogada,
mas com nova cantilena:
"malmequer... bem-me-quer...
Malmequer… bem-me-quer…"
12 de fevereiro de 2012
Miguel Leitão
in
“Vento na alma”
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