quarta-feira, 15 de junho de 2016

DUAS ROCHAS IMPONENTES


DUAS ROCHAS IMPONENTES

Duas rochas imponentes
Se faziam avistar
No alto daquela enorme serra
Como que a convidar
Toda a gente que para lá olhasse
E curioso ficasse com vontade de lá chegar.

Era preciso ser-se bom trepador
Para aquela encosta vencer,
Mas chegados lá a cima
Parecia outro clima
Que o cansaço arrumava,
Porque a paisagem fascinava
E dava gozo viver.

Respirava-se a plenos pulmões
Do alto daquelas duas rochas
Onde batiam fortes os corações
E os olhos brilhavam como duas tochas.

Duas rochas, duas vidas,
Duas pedras ali perdidas
Naquela serra que as segura,
Lá no alto, perto do céu
Que quem lá chega esqueceu
Tudo o que para trás viveu,
Sente-se outra criatura.

Dizem que aquelas duas pedras
Representam dois namorados
Proibidos de se amar;
Ali sentados choraram
E para sempre juraram
Nunca mais se separar.

Duas pedrinhas puseram a marcar
Aquele bendito lugar
Onde se encontravam os dois
Que naquele lugar deram largas ao amor
Avistando a terra que apenas lhes causou dor
E em homenagem àquele amor
As rochas cresceram depois.

Conceição Freitas

in Amanheci na poesia

Sem comentários:

Enviar um comentário