sexta-feira, 22 de abril de 2016

Medo de mim!


Medo de mim!
Dos casos que metem desejos
Da casa a que tiraram a cama
Do que devora a paixão
Medo de mim!
Dos castigos que contem um sorriso
Da mudança que vem com a Primavera
Do real esculpido no sonho
Medo de Mim!
Dos irrecuperáveis gestos de ternura
Da dádiva pura radical
Do tédio, tédio que consome como um mal
Medo de mim!
Dos deuses mitológicos
Da morte sem passado
Do clarão que já não vem
Medo de mim!
Dos que me precederam
Da viagem que resta
Do que é meu e não levo
Medo de mim!
Por não saber o valor
da minha-
-nossa inferioridade.
Luís Pedro Viana
Condado de Moreira

2016.04.03

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