PRESSINTO
Pressinto que a solidão
Cada vez mais está de volta
A distância do meu mar
Está mais longa.
Quando penso
Que te posso afagar
Com minhas mãos
Deslizas por entre os dedos
Ficam só umas gotas
E nos meus lábios o teu sabor
Mar dos meus afectos
Porque me estás a fugir?
Não me deixas seguir a teu lado
Meu amado...
Distância das tuas ondas
Ondas de ternura
Que me gelas meu peito de negrura
Não tenho a certeza de as voltar a ter
Delicioso mar
Por teres outras gaivotas
Não deixes a praia
Onde tu soubeste sorrir
E fizeste sorrir!
Emília Costa
in “Risos de Gaivota”
Sem comentários:
Enviar um comentário