quinta-feira, 24 de setembro de 2015

POESIA A METRO


POESIA A METRO

Foram muitos os anos com falência de
Poesia
Foi longa a noite de dormência até chegar o
Dia
Ao meu Porto, ao meu Norte, desfavorecido mas
Amado
E foi pelo amor das suas gentes que foi
Acordado
Foi banhar-se Douro abaixo até à Foz, e espraiou a sua
Candura
Renovou a sua força da razão, deu alma a sua
Cultura
Impetuosamente quis recuperar os tempos
Perdidos
Em labirintos de mordaças e interesses
Escondidos
Novamente se começou a escrever muito e variados
Temas
Escreve-se de novo, quadras, redondilhas, sonetos e
Poemas
Mas, fazer poesia não é só escrever
Rimas
É mais, muito mais do que se possa
Pensar
É escrever no Presente e no Futuro o verbo
Amar
Ser poeta é ser nobre de sentimentos e ter o coração
Aberto
É ser solidário, critico e escrever no tempo
Certo
Poesia: é o que sai espontaneamente da alma do
Poeta
É o sentimento, o choro, a raiva, dito na hora
Certa
Agora! Bom, agora perde-se o valor que tem as
Palavras
Hoje, há poetas que fazem poemas às
Toneladas
Escrevem, escrevem sobre temas sem qualquer
Sentido
Importa escrever; escrever muito para fazer o seu
Livro
Assim se perde a profundidade da palavra,
Poeta
Pairando no ar a ideia que fazer poesia é uma
Treta
Eu que adoro o mundo do pensamento sentido e
Honrado
Se assim não for, recuso ser poeta e digo NÃO; muito
Obrigado

Foz do Douro 22 Junho, 2015

António D. Lima

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