LIMIAR
Há fotografias da vida que passa
No silêncio dos objetos enrolam-se perigosamente as emoções
Os cafés, as livrarias e os papéis anunciam segredos pálidos
de outono
Desvia-se o destino nos ponteiros do relógio que anunciam o
amanhã
Adormecem já os pássaros nas clarabóias de rendas e carmim
Desliza a voz por entre lugares e percursos frequentes
Desprendem-se das árvores ramos que voam
A vida é o espelho do que somos numa parte de nós não
revelada
Voltamos á rua guardando acordes de sons
que fazem
dourar o desenho das sílabas
No gesto da mão vai sendo escrito este universo de corpo e
alma
em texto
vacilante.
M.MANUELA CALDEIRA
IX.2015
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