quinta-feira, 24 de setembro de 2015

LIMIAR

LIMIAR

Há fotografias da vida que passa
No silêncio dos objetos enrolam-se perigosamente as emoções
Os cafés, as livrarias e os papéis anunciam segredos pálidos de outono
Desvia-se o destino nos ponteiros do relógio que anunciam o amanhã
Adormecem já os pássaros nas clarabóias de rendas e carmim
Desliza a voz por entre lugares e percursos frequentes
Desprendem-se das árvores ramos que voam
A vida é o espelho do que somos numa parte de nós não revelada
Voltamos á rua guardando acordes de sons
que fazem dourar o desenho das sílabas
No gesto da mão vai sendo escrito este universo de corpo e alma
em texto vacilante.


M.MANUELA CALDEIRA IX.2015

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