ESPUMA
Trazemos vestida no corpo a existência
Nada se espera em nós que não aconteça
Deixamo-nos envolver pela delícia das
coisas simples
Enquanto ávida a vida rola irrepetível
a ritmo incerto
Consentimos por vezes em quebrar a
teimosia
Acertamos longínqua a distância do
tempo…
Há uma qualquer coisa que cumpre a sua
verdade
Das pedras surge incólume a cronologia
da história
Transforma-se em nós a urgência do
querer
Desaparecem pensamentos como nuvens de
espuma
E guardamos a verdade
que fomos, somos e seremos muito, quase
tudo ou coisa nenhuma…
M. Manuela Caldeira VIII.2015
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