quarta-feira, 29 de julho de 2015

GARIMPEI-ME


GARIMPEI-ME

Garimpei-me no rio que corre em
mim;
setenta por cento de água do sólido
que sou!

Tinha que me aproveitar
estava a precisar de encontrar oiro
dentro de mim!

Primeiro separei impurezas,
que correm no meu rio;
desamores, ódios,
calhaus de maledicências,
de críticas,
de descrenças e outros lixos prolixos.

Nada servia para dependurar em meu
Peito, para brilhar
E mostrar ouro do meu interior!

Peneirei, peneirei, até que encontrei!
mesmo no fundo do meu rio,
no fundo do meu leito, grande tesouro;
não era ouro,
mas sim um diamante! Eu.
em estado puro: era Eu!
ainda em estado de criança!

Tão grande o diamante
que não tinha lugar em mim
para o dependurar.

O diamante:
criança, que eu era,
em mim ficou todo integrado!
mas, agora, quando vou a qualquer
lado,
muitos tem que garimpar meu rio
para meu diamante de criança
que eu era,
-que ainda sou-
encontrar.

Engraçado:
que quando vou a todos os lados,
vejo crianças……..
de homens disfarçados!
Eu garimbo à procura de diamantes

……………xxxxxx…………
Autor: Silvino Taveira Machado
Figueiredo (de Vilhena)

(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)

Sem comentários:

Enviar um comentário