SEGREDA-ME
AO OUVIDO
Não
digas adeus…
as tuas
pegadas
são
marcas incólumes
nos
corredores do tempo!...
Se
as cidades não estão desertas
é porque
a tua presença
as
ilumina.
Agarrados
continuamente
à vida,
somos
um continente
de
poemas e abraços
onde
não cabe a noite
de
silêncios e embaraços…
segreda-me
ao ouvido…
diz-me
que não és memória,
és
presença concreta e intensa
que
me aparece assim
no
azul de um olhar
e
que ninguém poderá furtar!...
diz-me
que nada foi em vão
que
o tempo liberto
no
planar de uma gaivota
não
se esvaiu nas asas da ilusão
segreda-me
ao ouvido
aquilo
que sempre soube…
Maria Afonso Morais
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