quarta-feira, 20 de maio de 2015

NIX


NIX

Veneranda Nix,
lúgubre santuário de ideias mortas,
fecunda esta Terra gretada e nebulosa.

Vem,
húmus de vida incriada,
quero, apenas,
a tua ilusão do belo.

Não temas a caminhada,
eu sei para onde vou.
Vou num caminho sem rumo, eu sei,
entrincheirado no exílio, eu sei,
suspenso nas emoções, eu sei…
irei ao limbo do Inferno,
se necessário for,
mas dá-me a ilusão do belo.

Seguirei os sons
insanos de uma guitarra,
e as ternuras do violino.


António Sá Gué

in “Em Busca do Ser”

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