NIX
Veneranda
Nix,
lúgubre
santuário de ideias mortas,
fecunda
esta Terra gretada e nebulosa.
Vem,
húmus
de vida incriada,
quero,
apenas,
a
tua ilusão do belo.
Não
temas a caminhada,
eu
sei para onde vou.
Vou
num caminho sem rumo, eu sei,
entrincheirado
no exílio, eu sei,
suspenso
nas emoções, eu sei…
irei
ao limbo do Inferno,
se
necessário for,
mas
dá-me a ilusão do belo.
Seguirei
os sons
insanos
de uma guitarra,
e
as ternuras do violino.
António Sá Gué
in “Em Busca do Ser”
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