A MINHA CASA
Hoje
Vou falar da minha casa
Branca genuína primorosa
Por tapetes de flores
rodeada
Fonte de inspiração deste
poema
Vive meigamente abraçada
A uma buganvília
cor-de-rosa
Que do alto assiste deslumbrada
Ao namoro do jasmim com a
alfazema
Hoje
Vou falar da minha casa
De paredes tão branquinhas
Outrora rumo certo de
andorinhas
Que na primavera faziam
escala à passagem
Agora como mudaram o rumo
da viagem
Espalhei pelas paredes
imitações
Uma singela mas sentida
homenagem
E ficaram comigo em todas
as estações
Hoje
Vou falar também das
escadas
Velhinhas de pedra
ancestrais
Cúmplices de segredos dos
meus pais
E onde ainda agora em
noites de luar
Tomando o céu por
confidente e abrigo
Parece que os oiço e
choro e rezo
Minha casa meu berço meu
lar meu cantinho
Com perfume a laranjeira
e rosmaninho.
Alice Queiroz
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