MONÓLOGO
Embalo o teu corpo vespertino
Que balança nas ondas do mar.
Desconheço ainda teu destino
E vou-te cantando uma canção de ninar!
Não há um abraço
Para a ti me unir
E desfaleço no cansaço
Da ignorância do porvir!
Lentamente recobro forças,
Em pensamento adormeço-te no regaço.
Talvez um dia um fio de sargaço,
Possa reconstruir nossa harmonia
E abraçados ouçamos o canto da cotovia!
Ajeito nos ombros meu fardo
Carregado de tristeza.
Enxugo uma lágrima num bardo
E ponho uvas na nossa mesa!
Irene Costa
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