PORTA REAL
Na ramagem das palavras
Onde se conjuram medos,
Metáforas e derivações simbólicas,
Fixo um verso
De um rito inopinado:
“Meus peitos nus e vaso de cristal”.
A Deusa Delta
Nos diferentes idiomas, a passagem,
Não é a palavra,
Ou mesmo o ideal.
Por isso a todos os poetas
Os favores
Dava e o vaso entregava,
Porque o tinha,
Como porta real.
Luís Pedro Viana
in “Enigma”
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