sábado, 6 de setembro de 2014

ENGENHEIRO I



ENGENHEIRO I

Quantas vezes tropeço nas coisas
Sem as sentir,
E continuo a caminhar p’ro progresso;
Sem saber que ali deixei fugir
O segredo do meu sucesso.
É simples demais para mim
Sentir as coisas como elas são,
Tudo ter um simples fim
Sem grande investigação.
Quero mais! Respostas complicadas
De difícil compreensão.
Que as contas me dêem erradas,
Que me bata o coração
Para que eu pare para pensar.
Sinto com imaginação
Que no fundo,
Uns simples, outros a complicar,
É no mundo,
Que todos andamos a tropeçar…

Vila – Chã
23.12.93

Jorge Braga
in “Galarim”

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