TIRO
O MEU CHAPÉU À VIDA
Mal
amanhece, fico extasiada a ver a aurora despontar.
Visto
um sorriso, sacudo as pestanas, respiro fundo e digo:
-
Como é lindo o mundo!
Uma
vontade louca de gritar invade a minha mente,
aturdida,
digo: - Estou viva!
Então
agradecida, tiro o meu chapéu à Vida!
Espero!
O sol nasce e oferece-me docemente o seu calor.
Deixo
que me tome nos braços, afague os cabelos,
me
queime a boca e quase louca,
entrego-me
nos seus braços sem pudor.
Num
sussurro, meio em segredo, vencida,
digo
a medo: - Estou Viva!
Então
agradecida, tiro o chapéu à Vida!
Vibro
quando vejo cair os opressores,
ruir
as ditaduras, vencer a liberdade.
Emocionada
deixo rolar lágrimas num preito à vida.
Então,
porque estou viva, tiro o meu chapéu à Liberdade e à Vida.
Há
um mundo fascinante, sem barreiras, de raras conquistas.
Um
mundo misterioso, talentoso, o fantástico mundo
dos
Poetas e dos Artistas!
Então
porque amo a arte e a poesia, peço de alma aberta:
-
Em frente idealista!
Desnudem-se
as almas, tirem-se os chapéus
e
que uma salva de palmas ecoe pelos Céus.
Vivam
os poetas e os artistas!!!
Alice
Queiroz
in
“Jardins de Afectos”
lido
por Irene Silva
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