quinta-feira, 26 de junho de 2014

TIRO O MEU CHAPÉU À VIDA



TIRO O MEU CHAPÉU À VIDA

Mal amanhece, fico extasiada a ver a aurora despontar.
Visto um sorriso, sacudo as pestanas, respiro fundo e digo:
- Como é lindo o mundo!

Uma vontade louca de gritar invade a minha mente,
aturdida, digo: - Estou viva!
Então agradecida, tiro o meu chapéu à Vida!

Espero! O sol nasce e oferece-me docemente o seu calor.
Deixo que me tome nos braços, afague os cabelos,
me queime a boca e quase louca,
entrego-me nos seus braços sem pudor.
Num sussurro, meio em segredo, vencida,
digo a medo: - Estou Viva!
Então agradecida, tiro o chapéu à Vida!

Vibro quando vejo cair os opressores,
ruir as ditaduras, vencer a liberdade.
Emocionada deixo rolar lágrimas num preito à vida.
Então, porque estou viva, tiro o meu chapéu à Liberdade e à Vida.

Há um mundo fascinante, sem barreiras, de raras conquistas.
Um mundo misterioso, talentoso, o fantástico mundo
dos Poetas e dos Artistas!

Então porque amo a arte e a poesia, peço de alma aberta:
- Em frente idealista!
Desnudem-se as almas, tirem-se os chapéus
e que uma salva de palmas ecoe pelos Céus.

Vivam os poetas e os artistas!!!

Alice Queiroz
in “Jardins de Afectos”
lido por Irene Silva

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