segunda-feira, 26 de maio de 2014

CANÇÃO SEM HISTÓRIA.



CANÇÃO SEM HISTÓRIA.

Nos cânticos políticos, religiosos ou militares,
De gritos de revolta: às armas,
O vento leva as notas
Em forma de agonia
E deixa os destroços da batalha.

São valentes os homens, mas não podem
Ser Senhores e donos das mortalhas.

Heróis meus, antepassados nobres,
Nas lápides reduzidas à pedra fria,
Sem nome e sem glória,
Quanto mártir da espada
Se funda na ínfima razão do vencido;
Ou daquele que diz não.

São valentes os homens, mas não podem
Ser Senhores e donos das mortalhas.

Estandarte com Cruz de Cristo,
Símbolo afoito ao largo mar…
Os navegantes no mundo azul
Marcaram o nunca visto
Por supremo amor da redenção.

São valentes os homens, mas não podem
Ser Senhores e donos das mortalhas.

Cobiça, traição, também é justo,
O poder da ordem derradeira.
Vivo o temor que não tenho das batalhas
Quanto baste a trombeta anunciar.

São valentes os homens, mas não podem
Ser Senhores e donos das mortalhas.

Luís Pedro Viana
25/5/2008

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