terça-feira, 15 de abril de 2014

ERA UMA VEZ UM PAÍS



ERA UMA VEZ UM PAÍS
(O 25 de ABRIL para os netos)

Era uma vez um País
Que tinha como matriz
De forma de um caixão
Neste país de terror
Havia um senhor
Um homem sem coração
Um tirano, um opressor
Só quem queria o que ele queria,
E pensava como ele,
E como ele, também fazia
É que tinha a regalia
De ser gente, os outros não.
Tratados como vassalos
Muito pior que cavalos,
Ainda abaixo de CÃO!
Era uma vez um país,
Um país bem infeliz
Com fomes, pestes e guerras
Onde os “vassalos” morriam
E os “príncipes” engordavam.
Por isso, alguns fugiam,
Outros “escondidos” ficavam,
Resistiram e alertavam
Os que, dormentes, “dormiam”
Até ver se os acordavam.

Era um país de “carneiros”
Sob o chicote do medo!
Oprimidos, censurados,
Como quem pede perdão!
Trabalhavam como escravos
Do nascer ao pôr-do-sol.
Aos Domingos tinham missa
E à tarde futebol,
À noite, ouviam o fado
Neste país desgraçado
Tudo o mais era “pecado”
Mesmo o senhor… acordado!
Até vestir “Blue-jeans”, ter isqueiro,
Ou rapaz e rapariga
Sentados numa cadeira,
Lado a lado,
Tudo isso era vedado
Pela “moral” do senhor!
Pois, esse país triste e desgraçado
Não é uma fábula, não! EXISTIU
Foi Portugal do passado,
Dos nossos pais e avós!
E agora sois vós,
Quem tem na mão um país novo,
Sempre a construir!
O “PORTUGAL DE ABRIL”
O “PORTUGAL DO POVO”
Que há-de florir
Em cada geração que viva!
Mas cuidado
Que por detrás dos escombros
Desse tal passado
Estão sempre, os ombros
Do velho monstro
Que renasce em cada dia
Em que a LIBERDADE e a DEMOCRACIA
São atacadas.
Sentinelas do futuro tereis de ser,
Para que o velho monstro
De mil olhos, mil ouvidos e mil mãos,
NÃO VOLTE A RENASCER!

Jorge Carvalho
12 de Abril de 2014

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