ERA UMA
VEZ UM PAÍS
(O 25 de
ABRIL para os netos)
Era uma
vez um País
Que
tinha como matriz
De forma
de um caixão
Neste
país de terror
Havia um
senhor
Um homem
sem coração
Um
tirano, um opressor
Só quem
queria o que ele queria,
E
pensava como ele,
E como
ele, também fazia
É que
tinha a regalia
De ser
gente, os outros não.
Tratados
como vassalos
Muito
pior que cavalos,
Ainda
abaixo de CÃO!
Era uma
vez um país,
Um país
bem infeliz
Com
fomes, pestes e guerras
Onde os “vassalos”
morriam
E os “príncipes”
engordavam.
Por
isso, alguns fugiam,
Outros “escondidos”
ficavam,
Resistiram
e alertavam
Os que,
dormentes, “dormiam”
Até ver
se os acordavam.
Era um
país de “carneiros”
Sob o
chicote do medo!
Oprimidos,
censurados,
Como
quem pede perdão!
Trabalhavam
como escravos
Do
nascer ao pôr-do-sol.
Aos
Domingos tinham missa
E à
tarde futebol,
À noite,
ouviam o fado
Neste
país desgraçado
Tudo o
mais era “pecado”
Mesmo o
senhor… acordado!
Até
vestir “Blue-jeans”, ter isqueiro,
Ou rapaz
e rapariga
Sentados
numa cadeira,
Lado a
lado,
Tudo
isso era vedado
Pela “moral”
do senhor!
Pois,
esse país triste e desgraçado
Não é
uma fábula, não! EXISTIU
Foi
Portugal do passado,
Dos
nossos pais e avós!
E agora
sois vós,
Quem tem
na mão um país novo,
Sempre a
construir!
O “PORTUGAL
DE ABRIL”
O “PORTUGAL
DO POVO”
Que
há-de florir
Em cada
geração que viva!
Mas
cuidado
Que por
detrás dos escombros
Desse
tal passado
Estão
sempre, os ombros
Do velho
monstro
Que
renasce em cada dia
Em que a
LIBERDADE e a DEMOCRACIA
São
atacadas.
Sentinelas
do futuro tereis de ser,
Para que
o velho monstro
De mil
olhos, mil ouvidos e mil mãos,
NÃO
VOLTE A RENASCER!
Jorge
Carvalho
12 de
Abril de 2014
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