quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

TEMPORALIDADE



TEMPORALIDADE

Não me perguntes
porque entrei no teu caminho
e me prendi tanto a ti
(tão próximo da hora do crepúsculo)
se para amar
não há tempo nem idade!...

Não me perguntes
onde principia e acaba
a raiz deste amor
que nos cresce no sangue
e nos dedos
em sonho e verdade!...

Não me perguntes
se não admiro a flor
que, em beleza e encanto,
exuberantemente renasce
no jardim do teu corpo
vestido de poesia!...

Não me perguntes
se ainda vejo estrelas
brilharem nos teus olhos,
como se esta inabalável vontade
de te querer
pudesse ser fantasia!...

Castro Reis
Setembro de 1974
lido por Leonor Reis

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