quinta-feira, 30 de março de 2017

ALVORADA


ALVORADA

Em vão, calado, o dia chega...
Há um frio sem vento que se ouve e mal se sente.
Preguiçosa, a noite deixa em fundo o esforço do último alento
Um fervor de insetos agita as ramadas...
Define-se o tumulto de um riso mal silenciado.
Um céu ponteado a azul cinza emerge informe…
Ascende da terra um som surdo de vozes,
quando fecho os olhos...
E... no caminho calculado do tempo,
abre-se a vida como uma romã.


M.Manuela Caldeira IH.2O17

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