ALVORADA
Em vão, calado, o dia
chega...
Há um frio sem vento que
se ouve e mal se sente.
Preguiçosa, a noite deixa
em fundo o esforço do último alento
Um fervor de insetos
agita as ramadas...
Define-se o tumulto de um
riso mal silenciado.
Um céu ponteado a azul
cinza emerge informe…
Ascende da terra um som
surdo de vozes,
quando fecho os olhos...
E... no caminho calculado
do tempo,
abre-se a vida como uma romã.
M.Manuela Caldeira
IH.2O17
Parabéns, Profª Manuela, pelo seu grande gosto pela Poesia.
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