NATAL

NATAL

Vou absorto

caminhando pelas ruas da cidade

e nem reparo que estas estão com decorações de Natal,

As montras cheias de presentes desta época

e as pessoas carregam-se de compras.

Ao passar por gente mais apressada

levo um encontrão e lá se vão os meus pensamentos.

É um clarão de luz que me atravessa e faz despertar.

Com tantas coisas boas vou fazer como os demais –

fiquei um pouco menino...

e como tinha perdido o Pai Natal

por ele andar preocupado com os mais pobrezinhos

enchi um saco de brinquedos

para poder "brincar" nesta quadra.

Esta pequena transformação

não resolveu o problema do mundo em que meditava

mas deu-me uma visão diferente;

devemos ser austeros

mas a alegria tem que nos acompanhar.

Não foi isto que queria fazer e contar.

Passou o tempo de acreditar

Sinto que nada posso fazer

A um canto os brinquedos

o Natal lá fora...

Luzes, alegria, presépio...

Nasce...

a nostalgia e outros Natais virão.

Caminhando pelas ruas da cidade

As decorações já foram retiradas

As montras cheias, ainda, de ilusões...

Luís Pedro Viana

Condado de Moreira

2015