sexta-feira, 19 de agosto de 2016

O TAL POEMA


O TAL POEMA

Quando um dia, na mansidão do entardecer
eu criar o poema que tanto anseio,
sorrir às palavras pintadas no papel
e lograr presunçosamente
que todos os que me irão ler,
dirão ser o poema que tanto esperavam...
Então se essa improbabilidade acontecer
talvez eu tenha deixado de ser quem sou
e passado a ser poeta e louco!

Não sei se é ambição desatinada dos poetas
almejar o cume da poesia, (se ele existe...)
Com a imagem poética
que fará transbordar as emoções
dos rios da sensibilidade
beijando margens de metáforas
acariciando versos na métrica musical
e fazendo de cada rima um cântico
de louvor à poesia e à imaginação...

Será talvez um febril desejo
certamente comum a todos,
que fazem das palavras imagens
de tristeza, de alegria, paixão e amor...

É este o respirar da minha ansiedade,
se o conseguir, poderei gritar ao mundo
a minha alegria
e aconchegar no meu peito,
o grito feliz da minha vitória.

José Carlos Moutinho

6/7/16

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