O
TAL POEMA
Quando
um dia, na mansidão do entardecer
eu
criar o poema que tanto anseio,
sorrir
às palavras pintadas no papel
e
lograr presunçosamente
que
todos os que me irão ler,
dirão
ser o poema que tanto esperavam...
Então
se essa improbabilidade acontecer
talvez
eu tenha deixado de ser quem sou
e
passado a ser poeta e louco!
Não
sei se é ambição desatinada dos poetas
almejar
o cume da poesia, (se ele existe...)
Com
a imagem poética
que
fará transbordar as emoções
dos
rios da sensibilidade
beijando
margens de metáforas
acariciando
versos na métrica musical
e
fazendo de cada rima um cântico
de
louvor à poesia e à imaginação...
Será
talvez um febril desejo
certamente
comum a todos,
que
fazem das palavras imagens
de
tristeza, de alegria, paixão e amor...
É
este o respirar da minha ansiedade,
se
o conseguir, poderei gritar ao mundo
a
minha alegria
e
aconchegar no meu peito,
o
grito feliz da minha vitória.
José Carlos Moutinho
6/7/16
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