quinta-feira, 21 de maio de 2015

ETERNIDADE


ETERNIDADE

No silêncio do quarto acende-se a vida
e ela fica fluindo na janela florida
pintada de brisa ao encontro do verde
e da manhã cinzenta.

Já é tarde.
A luz macilenta
ainda nasce no despertar do vento.

Nada treme
Até o sol parou para lá da névoa branca.
Esta incerteza parda da luz sem claridade
vai diluindo e queimando as asas pela cidade.

Para onde voaram os pássaros?
Alguns estendem os olhares pelos regos da vida.
Não se ouve ninguém.
Tão pouco o murmúrio da estrada além.

Nesta quietude amortecida
vai voando a eternidade...
Silêncios...
Apenas se ouvem raios de sons e saudade.

29/03/08

Donzilia

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