ETERNIDADE
No
silêncio do quarto acende-se a vida
e
ela fica fluindo na janela florida
pintada
de brisa ao encontro do verde
e
da manhã cinzenta.
Já
é tarde.
A
luz macilenta
ainda
nasce no despertar do vento.
Nada
treme
Até
o sol parou para lá da névoa branca.
Esta
incerteza parda da luz sem claridade
vai
diluindo e queimando as asas pela cidade.
Para
onde voaram os pássaros?
Alguns
estendem os olhares pelos regos da vida.
Não
se ouve ninguém.
Tão
pouco o murmúrio da estrada além.
Nesta
quietude amortecida
vai
voando a eternidade...
Silêncios...
Apenas
se ouvem raios de sons e saudade.
29/03/08
Donzilia
Sem comentários:
Enviar um comentário