terça-feira, 28 de outubro de 2014

PENAS



PENAS

Como são leves as penas
Escondidas no meu colchão.
Porque não serão assim,
Que pena, pobre de mim,
As penas do meu coração.

As penas que me vão eu rejeito,
Aninham-se dentro do peito
E como doem, Deus meu!
Se as penas das avezinhas,
Fossem assim como as minhas,
Pesadas, caíam do céu!

Meu peito não aguenta,
Com penas assim pesadas.
É pena, que as minhas penas,
Ao ar não sejam lançadas.

Embora com o seu peso,
Não pudesse voar,
Ao menos aliviava,
As penas do meu penar!

Irene Costa
in “Teia de Afectos”

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