GENTE COMO EU
Nas rotas das vidas perpétuamente
há portas que abrem, ciclos que se fecham;
há braços que repelem, vozes que aleijam,
perturbando-nos alucinadamente!
Mãos que se agitam, ó que pobre gente,
correndo prá morte sem que a prevejam,
árduos caminhos que se não desejam…
São lutas de sangue permanentemente.
Hoje há um pedinte, ontem foi um rei…
gente igual a mim, tanto quanto sei,
carne putrefacta que se torna em pó!
Mas quem atingindo a maturidade,
que sabedoria!... Em boa verdade,
ganhou várias vidas numa vida só!
Maria de Lourdes Martins
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