ODE À
ÁGUA
A chuva
fina...
Miúda e
lenta,
Leve,
passeiam em meus olhos
Brilhantes
cristais pequenos
Cobrindo
como manto a cinza atmosfera.
Miúda e
lenta menina,
terna em
sossego
pequenina,
muito fina,
Acalma a
fúria entre o sonho
No real
fogo da fera.
Menina
sem voz e canto denso,
Sempre
leve com seu manto
Da cor
da cinza atmosfera.
Contemplo
esta dança do céu e
Sem
pressa enervante, lentamente
Se
anuncia um nascer imaginário
De filhos
novos crescendo.
Símbolo
do perpétuo do movimento
Ao dar
vida enquanto dedilhas as contas do rosário.
É
agradável se sentires igual
Ao
borbulhar do champanhe numa festa.
Continua
a dança desta noiva...
Aparece
miúda e leve
Mas
alegre!
Desce
pequenina, miúda e lenta, leve...
A
natureza que te espera como mãe
Se
alimenta no ventre...
Seja
sempre e para sempre
Miúda e
lenta...
Não tão
breve.
Luís
Pedro Viana 2012
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