quarta-feira, 16 de abril de 2014

ODE À ÁGUA


ODE À ÁGUA

A chuva fina...
Miúda e lenta,
Leve, passeiam em meus olhos
Brilhantes cristais pequenos
Cobrindo como manto a cinza atmosfera.
Miúda e lenta menina,
terna em sossego
pequenina, muito fina,
Acalma a fúria entre o sonho
No real fogo da fera.
Menina sem voz e canto denso,
Sempre leve com seu manto
Da cor da cinza atmosfera.
Contemplo esta dança do céu e
Sem pressa enervante, lentamente
Se anuncia um nascer imaginário
De filhos novos crescendo.
Símbolo do perpétuo do movimento
Ao dar vida enquanto dedilhas as contas do rosário.
É agradável se sentires igual
Ao borbulhar do champanhe numa festa.
Continua a dança desta noiva...
Aparece miúda e leve
Mas alegre!
Desce pequenina, miúda e lenta, leve...
A natureza que te espera como mãe
Se alimenta no ventre...
Seja sempre e para sempre
Miúda e lenta...
Não tão breve.

Luís Pedro Viana 2012

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