COLHO-TE
NO OLHAR!
Como se
o som da tua alma ouvisses,
Não me
escondes o que sentes,
Nem bem
te sentes como se sentisses
Não me
escondes o olhar,
Esse teu
olhar, olhar triste,
A mim,
não me mentes,
O teu
olhar não te deixa mentir.
Sei que
está magoada.
Deixas-te
de acreditar
No que
estás a ver e a ouvir
Sentes-te
triste atraiçoada…
Crês no
teu amar!
Ainda
sentes que és amada.
Foste sempre
um vulcão!
Na dita
ascensão da palavra.
Continuarás
a ser!
Sempre
em meu coração,
Nele te
hei-de ter…
… Como
seta nele cravada.
Escreves
com paixão!
Sempre
irás escrever!
Porque,
és um vulcão,
e
continuarás a ser.
És
simples, humilde, glamorosa
Muito
cheia de sensualidade
Curvas
suaves, muito charmosa
Paixão,
glamour, sensibilidade
(Harmoniosa)
És bela
mulher, atraente
Vulcão
de sabedoria
Ingénua
muito carente
Às vezes
em demasia.
Tens
alma de criança…
Ingenuidade
no teu (ser)
Não
sentes desconfiança.
nem o
som da alma…
… Ouve,
ou queres ter
João
Nunes Carneiro
in “A Essência dos Sentidos II”
Colectânea
Paula Oz e Poetas
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