sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

SEM CORPO


SEM CORPO

Nada sinto. Leve, o meu corpo se encontra.
Estranha sensação. Músculos fugiram de mim,
tensos demudados em alegria colossal,
num abraço de leveza lastrada.

Verde claro. Aparição expande saída do corpo meu.
Direcções distintas. Acaricio com as mãos.
Cheiros penetrados nas narinas em palavras convertidos,
do cerne divino espalhado pelo vento.

Sem forma. Gigantone no pressentir e no notar,
em desdobráveis formas e feitios de esforço desvanecido,
comando da força no ataque ao medo.
Acompanhada! Não da coluna vertebral desprovida de sinal.

Brinca! Brinca no descobrimento da escolta,
sem pulos separativos de caras ilusórias do rodopio constante.
Tudo é um só corpo! Na aura unida, a dimensão não conta.

                   Cristina Maya Caetano

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